quinta-feira, 31 de janeiro de 2013





Os Miseráveis (Les Misérables)


Os Miseráveis já faz parte do seleto grupo de longas metragem considerados clássicos. O filme em si é maravilhoso, as atuações são perfeitas, é realmente impecável. A película é baseada no musical de mesmo nome, que foi inspirado no livro romântico clássico de Victor Hugo. A história se passa na França do século XIX e tem como ponto de partida a libertação de Jean Valjean (Hugh Jackman) após quase vinte anos preso por roubar um simples pedaço de pão. O enredo se desenrola a partir da tentativa de Jean Valjean de recomeçar uma nova vida e da constante perseguição que ele sofre por parte do inspetor Javert (Russel Crowe).


A atriz Anne Hathaway se consagrou, apesar de só atuar nos primeiros quarenta minutos do filme e de uma pequena aparição no final. A ex-princesa da Disney protagonizou cenas desesperadoras, de miséria e mostrou do que um ser humano é capaz de fazer por amor. Devo lembrar aos desavisados que o filme é inteiro cantado,  as vozes dos atores são bastante seguras e algumas se destacam naturalmente como a voz da bela Amanda Seyfried e da, novata no cinema, Samantha Barks. A última na verdade é cantora e revelação de um programa de talentos do canal BBC.


Na minha opinião quem mais brilhou foi o veterano Hugh Jackman(Jean Valjean), realmente esse é o trabalho da carreira dele. Ele nos fez sentir de tudo, desde compaixão até raiva com o excesso de honestidade do seu personagem. O ator australiano está irreconhecível nem parece o Wolverine bombadão que eu tanto adoro! hahaha 


Não posso deixar de mencionar o meu queridinho Eddie Redmayne (Marius), que não tem a voz melhor do mundo, mas marcou presença no filme protagonizando as poucas cenas de casto romance entre seu personagem e o personagem de Seyfried (Cosette), e também as fortes cenas da revolução francesa do século XIX.


Vale a pena comentar sobre o figurino, que é hiperrealista e foi inspirado em pintores como Delacroix. O elenco ainda conta com Helena Bohan Carter, que continua com aquele visual assustador de sempre e Aaron Tevilt, que pra mim não cheira nem fede (rsrs).

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013



O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)


O fato dos protagonistas serem o atraente Bradley Cooper e a jovem brilhante Jennifer Lawrence chamou a minha atenção para esse filme. Além disso o longa está na lista de inúmeras indicações à prêmios, inclusive o oscar de melhor filme. A química entre os protagonistas é bastante intensa, o que reforça o boato de um relacionamento entre o ator de 38 anos e a revelação J de apenas 22. O enredo é centrado na problemática vivenciada pelo ex-professor Pat Solitano(Cooper), que acaba de sair de um hospital para pessoas com transtornos mentais em que foi confinado após agredir o amante de sua esposa. Durante o filme ele conhece Tiffany (JLaw), uma jovem viúva que também tem problemas em assimilar a sua nova realidade e reage de maneira peculiar.

A película é uma obra prima moderna. Nos faz refletir sobre o nosso cotidiano, os nosso problemas corriqueiros, as perdas e as nossas reações emocionais. O que é considerado normal e o que realmente é normal? Não existe um padrão comportamental correto. Nós somos simplesmente humanos, está na nossa natureza sofrer, como também saber nos reerguer.

É possível se identificar com ambos os personagens de Cooper e Lawrence, pois muitas vezes somos julgados por quem realmente somos, ou simplesmente por comportamentos que apresentamos durante a vida devido a situações traumáticas por que passamos. O fato deles serem "estranhos", como brinquedos quebrados me fez sentir uma identificação muito grande, acho que não só eu, mas todo mundo se sente deslocado as vezes, seja no ambiente em que vive ou em qualquer lugar em que não é possível encontrar pessoas que nos façam sentir a vontade e "normais".

Eu apreciei muito essa história, pois acho que a sociedade atual está limitada em fornecer rótulo às pessoas e também está dominada por uma ditadura de regras relacionadas a aparência e atitudes, que não são necessariamente inerentes a todos os seres humanos. O homem tem suas características individuais, somos seres racionais e com capacidade de pensar por nós mesmos.
O filme é considerado uma comédia romântica, mas vai muito além disso. Vale muito a pena assistir.



Belo desastre (Jamie McGuire)



Mais um livro de romance, porém que se encaixa na nova categoria New Adult. O NA abrange livros com conteúdo voltado para o público no final da adolescência e início da idade adulta e são ambientados, principalmente, em universidades.

O livro é centrado na vida da personagem Abby Abernathy, que deseja começar uma nova fase ao entrar na faculdade. Ela esconde um segredo no seu passado e não quer que ninguém na sua nova vida descubra o que ela deixou para trás. Logo no início ela conhece o mulherengo Travis Maddox, ele é o típico bad boy  lindo, perigoso e problemático.

O enredo em si é meio clichê, porém é um formato que agrada e faz sucesso. Travis se apaixona por Abby, pois ela é a única garota que o rejeitou. Abby, apesar de sentir o mesmo, tenta evitar um romance a qualquer custo pois acredita que Travis a fará ter a vida de que fugiu. Falando assim parece até uma descrição de novela mexicana, porém é um livro que vicia pois Travis parece ter saído de um sonho (pelo menos para mim!rsrsrs). Ele é ciumento e muitas vezes obsessivo, mas ama a Abby incondicionalmente.
Acho que toda garota tem a ilusória ideia de que é capaz de mudar um bad boy ou um simples mulherengo e o fato da personagem conseguir, provavelmente, é o que agrada boa parte das leitoras. O livro ainda tem muitas passagens eróticas, que dão uma apimentada no enredo muitas vezes meloso. Eu recomendo pra quem gosta de romances primitivos (rsrs), daqueles que o personagem masculino parece um homem das cavernas, pois em alguns momentos o Travis se apresenta desse modo.









Relação Mortal (The Moth Diaries)


Quando encontrei esse filme em um site aleatório, logo pensei que seria mais um terror vazio e monótono voltado para o publico teen. Me enganei parcialmente. Apesar de ter muitos momento caraterísticos do cotidiano adolescente, como rebeldia e descobertas, o filme é totalmente encaixado em um contexto gótico. As referencias são inúmeras, o cenário melancólico, que tem destaque para o colégio interno que é um hotel do século XIX e o seu redor bucólico, além da tristeza palpável da protagonista Rebecca (Sarah Bolger). Por sinal a atriz Sarah Bolger, faz um excelente trabalho em representar a adolescente atormentada pelo suicídio do pai. Ela vive na beira de um precipício, e a única pessoa que a impede de pular é a sua amiga Lucy (Sarah Gadon). A relação das duas é bastante próxima e em alguns momentos nos faz pensar que o relacionamento delas atravessa as barreiras da amizade e avança para o homossexual.



A chegada da Ernessa (Lily Cole) faz o clima de tensão do filme realmente começar, e a atriz representou muito bem o papel da misteriosa garota que veio da Europa. Sua caracterização me fez lembrar da Mortícia Adams e seu visual realmente assustou. O olhar da Ernessa é aterrorizante! O visual exótico da Lily Cole contribuiu em grande parte para isso, com seus olhos e sua altura (ela tem 1,79). Quando Ernessa chega começa a conquistar Lucy, e Rebecca se sente cada vez mais sozinha. Ao longo do filme percebemos que a relação da novata e da Lucy não é normal, Ernessa parece sugar a a energia vital da menina, que fica cada vez mais fraca.


       
   
                                           
A referência ao livro clássico da literatura gótica Carmilla me chamou atenção. Esse livro serviu de inspiração para Bram Stoker escrever o famoso Drácula.O filme apesar de ser baseado em um livro de mesmo título(The Moth Diaries) parece ter muito do clássico de Joseph le Fanu. Enfim eu recomendo para quem gosta de um terror leve, pois não tem cenas de horror explícito.

TRAILER: http://www.youtube.com/watch?v=rp_luBLwsN0
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1407065/